De maneira muito breve apresentei as três dimensões da terapia literária. A dimensão preventiva: a leitura prepara, fortalece... A dimensão medicativa: a leitura cura... E a dimensão cirúrgica: a leitura intervém.
Terapia sujeita a falhas, como toda terapia. Ler é ótimo, é saudável, é tonificante, é humanizante. Mas nada disso é garantia absoluta de coisa alguma. Nada de panaceias.
Leio nos jornais: um rapaz de 21 anos, em plena Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP), foi agredido ontem e está muito machucado, em estado grave. O agressor chegou, atacou-o pelas costas com um taco de beisebol, e saiu andando como se nada tivesse feito. É o mesmo homem que, no ano passado, quebrou uma vitrine e um aparelho de tv dessa loja, na Avenida Paulista.
É pessoa desequilibrada, obcecada por livraria. Em seu depoimento na delegacia, disse ser leitor assíduo de Platão e da Bíblia. Certamente esses remédios literários nada podem fazer, ou até podem agravar a sua perturbação mental...
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
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