Nós somos aquilo que lemos, e lemos aquilo que somos. Os escritores que aceitamos como cirurgiões nossos são decisivos (incisivos!) para a nossa formação... ou deformação.
Seja como for, temos de escolher. E, escolhendo, somos de certo modo escolhidos. Trata-se de um encontro, de uma experiência bidirecional. Clarice Lispector (1920-1977) me escolheu quando eu a escolhi.
E ao longo desses últimos trinta anos ela operou várias vezes em mim. Um cirurgião-escritor atua como escultor. A cirurgiã Lispector atuou sobre meu vocabulário. Habilitou-me a não estranhar as estranhezas do ser humano. E transplantou Macabéia para dentro de minha visão de mundo.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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